Quem passa na praça não pede passagem
Paisagem de gente, do fino ao sem dente
Passa ela como em passarela de vestido na canela
Entremeia em seu rastreio a criança sem receio
Recheio de doce a desvia do caminho
Quem deixou esse guri andar sozinho?
Banco é ninho de namorados e cama de desabrigados
Bom seria se o verso inverso, a eles, fosse dado
A pipoca é salgada no tempero e no custo
Quem vende quer sustento, quem compra preço justo
Praça é palco de público que não se sabe ator
Personagens tão bons com só um espectador
As diferenças completam esse lugar
O segredo de ser igual é se diferenciar