14 de julho de 2011

Minha Pracinha


Quem passa na praça não pede passagem
Paisagem de gente, do fino ao sem dente
Passa ela como em passarela de vestido na canela
Entremeia em seu rastreio a criança sem receio
Recheio de doce a desvia do caminho
Quem deixou esse guri andar sozinho?

Banco é ninho de namorados e cama de desabrigados
Bom seria se o verso inverso, a eles, fosse dado
A pipoca é salgada no tempero e no custo
Quem vende quer sustento, quem compra preço justo

Praça é palco de público que não se sabe ator
Personagens tão bons com só um espectador
As diferenças completam esse lugar
O segredo de ser igual é se diferenciar

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