10 de março de 2009

Do Tempo

Tenho saudades da vida de outrora
Um passado que falta em minha memória
Tão distante e cheio de glória.
O Chico concorda comigo
Mas por não ser meu amigo,
está sempre com uma pulga no ouvido
-Como pode saber sem ter vivido?
Não sei nem como digo.

A distância tráz beleza e coragem
Feio e covarde seria se fosse possível a viagem
Mas de cá... de longe... tudo é miragem
Acolho na força das ilusões passadas
o vigor para meu presente de nadas
Humberto também luta com essas espadas
Enfrentamos dragões e moinhos nessas caçadas

Não gosto desta minha época
onde tudo tem sua técnica
e exatidão na posição cênica
Não eram assim os heróis da Elis
havia liberdade para serem vis
para chegar ao ideal que eu quis
Não me basta, só, ser feliz

Iludido pela hipnose da ampulheta
meu sonho se esvai sem meta
Perguntei ao Jair se era a hora certa
Ele disse pra deixar isso pra lá
ir com laço firme e braço forte
pra que a vida não me entorte
Viver o passado é viver em morte
Cada um tem sua própria sorte

Esse conselho, fingi que não ouvi
Faz falta o que não vi, nem vivi
Se perguntarem, fui por aí
procurar Nara com a verdade
Quem sabe essa ilusão foi realidade?
Baseio-me nessa pequena possibilidade
Será que isso se chama saudade?

Bruno Faria

5 comentários:

Unknown disse...

lindo esse!!!!
saudade do tempo!!!!
palpitei ... mas você nem precisa disso!!!
e a última estrofe é a melhor!!!!
parabénsss
bjinhusss

Confusa. disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Confusa. disse...

Nossa...gostei!

As referências são claras e bonitas, mas não pra todo mundo.

E...eu gosto disso.


Parabéns!


;*

Anônimo disse...

tantos são os que nos mostram em melodias o que não conseugiríamos descrever.
eles fazem parte da vida de muitas pessoas, eles são responsáveis por um pouco de paz, revolta, certeza e dúvidas.
saudade.

um beijo pra Nara que eu amo muito ela :B *-*


beijos gato

Gabriela Domiciano disse...

Aiii Saudade!!!
E quem não tem as suas!!!

=/